terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Tudo começa assim. Você está em algum lugar com as suas amiga e passa um garoto mega lindo e vocês trocam olhares. Você e suas amigas ficam rindo e falando dele o dia inteiro. Uns dois dias depois você vai numa festa e ele está lá. Você toma coragem e vai falar com ele, afinal de contas você sempre foi uma garota de atitude e determinada. Vocês passam a festa inteira conversando, trocam telefone e MSN. Acaba a festa e você não está com vontade de ir embora, mas você vai. Quando chega em casa liga o computador imediatamente e adiciona ele no MSN. No dia seguinte você espera ele ligar com a esperança que ele seja diferente dos demais. É claro que não. Mas você não se abala, isso é normal. No dia seguinte você – não aguentando a ansiedade – liga pra ele, e dane-se o que ele vai achar de você. Ele se desculpa e marca alguma coisa pra vocês fazerem mais tarde, até aí você já tem certeza de que ele é mesmo diferente. Vocês saem e tudo o mais, depois de algumas semanas ele te pede em namoro e blá blá blá. Vocês já tiveram algumas brigas, mas nada sério, tuas amigas te dizem que ele não presta, mas você não acha e acaba brigando com elas. Ok, sem amigas, mas ele está contigo e é isso que importa, não é lindona? Ele te chama pra sair e te leva em um restaurante lindo e chique, e você fica louquinha achando que ele vai te dar um par de brincos, ou um anel pra simbolizar a união do namoro de vocês. Ele termina contigo. É, na cara dura mesmo, achando que você não tem sentimentos, você grita e dá vexame no restaurante, sai correndo e chorando com o sapato na mão, típica cena de filme. Chega em casa aos prantos, sobe as escadas correndo, bate a porta do quarto e se tranca lá dentro. Teus pais – que nunca acharam que ele era um bom menino – tentam entrar no teu quarto, mas você não quer. O que você quer agora é o colo das tuas amigas, aquelas lembra ? Aquelas que você desprezou e esnobou quando estava cega de amor por um cara que não te deu nada em troca. Você liga pra todas elas. O telefone toca muitas vezes e ninguém atende. Você desiste e chora até dormir. Agora você entende a burrice que você fez? No dia seguinte a dor que você sente é como se a sua alma tivesse sido partida em duas sem anestésia, como se teu coração estivesse sendo cutucado com uma farpa de gelo. Aí você chora de novo. Você não quer saber de nada, não come, não quer mais sair, nem tomar banho. Para de fazer drama. Cadê aquela garota com personalidade e atitude? Sumiu? Chega, vai curtir a vida, dar um mergulho no mar, quem sabe não passa? E dá certo, aquele idiota que tanto te fez sofrer vira um pontinho esquecido na sua memória. Então um dia ele reaparece, do nada querendo saber de ti. E você perdoa, porque você é superior. Na verdade você sabe que um dia a vez dele vai chegar, e alguém vai fazer o coração dele sangrar, assim como ele fez contigo um dia.