Sim, é verdade que insisto em te manter vivo na minha memória, insisto em deixar um tempinho para ti todos os dias, mesmo sabendo que não vai mais estar presente na minha vida, porque você partiu, e quis me deixar sozinha, como quem deixa uma revista, ou um livro que apesar de intenso e com uma boa história, nunca passará disso mesmo. Um livro, um dos muitos que se lê, e é isso que eu sou, ou devo dizer fui? Apenas mais uma página da tua vida, uma página que você deixou para trás. Começo a observar uma vela queimar-se, e a pensar o tão depressa que ela deixa de existir com uma simples chama acesa, um objeto bonito que se reduz a uma simples cera queimada e derretida, assim eu me sinto muitas vezes também. Eu que era o teu tudo e que agora sou o teu nada , ou até menos que isso.
por: maria luisa b.
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